Review – Resident Evil: Village

O último título da franquia que nasceu como survival horror abraça a temática como nunca. Fazia tempo que eu não sentia tanto medo ao jogar um game do gênero. Mãe Miranda e companhia fizeram um trabalho pesado para cima de Ethan Winters. O coitado não tem tempo para respirar e nem nós. Confira o Review de Resident Evil: Village!

Os primeiros minutos dentro do game te prepara para o que virá a seguir. O tiroteio para cima dos licanos no meio do vilarejo é uma estratégia para separar os homens dos meninos. Apesar da pouca munição (o que é normal nos games da série) dá para soltar o pipoco sem dó. O clima de terror e a ambientação não poderiam ser melhores.

Depois que Ethan faz o seu caminho para o Castelo Dimitrescu as coisas começam a desandar. Não darei spoilers, mas o trecho que compreende a exploração do Castelo e da Mansão Beneviento é uma das coisas mais assustadoras que eu já vi. Enquanto Alcina Dimitrescu lembra muito o Mister X, te perseguindo em todos os lugares enquanto você descarrega toda a sua munição, a boneca do capiroto na Mansão Beneviento te deixa com os nervos à flor da pele.

Nesta sequência, que infelizmente é curta demais, Ethan está desprovido de qualquer proteção. O véu da tranquilidade que as armas oferecem cai rapidamente e você se vê dentro de um filme de terror digno de Oscar. Confesso que nessa parte joguei com os meus filhos na sala para me sentir mais seguro.

Porém, a ação volta com tudo depois que retornamos ao vilarejo para continuar a jornada em busca de Rose, a filha de Ethan. Tenho certeza que alguns devem ter adorado, mas eu queria mais Beneviento. Fazer o que? Sou masoquista mesmo! Moureau e Heisenberg são as duas missões finais. O primeiro é tão simples de passar que deu a impressão que a Capcom deixou todo o seu orçamento no início do jogo. E aí chega o Heisenberg.

O “último filho” da Mãe Miranda é uma mistura muita louca de poderes paranormais, elétricos e até uma pitada de Cyberpunk. Sério, a Capcom foi longe neste trecho final. Muito tiro, porrada e bomba no melhor estilo Call of Duty. Inclusive tem até um take do squad antes de começar a partida. Mas para quem estava acostumado com Chris socando pedra em Resident Evil 5, isso aqui vai de boa.

O legal é que as explicações da história encaixam muito bem na mitologia da franquia. Muitos podem falar que RE7 e RE8 não são Resident Evil por conta da câmera em primeira pessoa e a falta de zumbis. Besteira. Village tem todos os elementos que fizeram sucesso na série. De quebra acrescenta novas explicações para o vírus da Umbrella e deixa aquele gancho maravilhoso para a sequência!

Resident Evil: Village é obrigatório para os fãs do terror. Mesmo com as partes que mais lembram um COD ou BF, o game da Capcom é um primor e forte concorrente ao GOTY. Em tempo. Se você pretende jogar e passou batido pelo RE7, é indispensável dar um pulo na casa da Família Baker antes de ir para o vilarejo de RE8.

No sessão Reviews estão outros jogos, não deixe de conferir. E no Passa o Controle fizemos um episódio sobre a construção de um bom jogo de terror. Confira!

Resident Evil: Village

0.00
9.1

Diversão

10.0/10

Gameplay

8.5/10

Gráficos

9.0/10

Tempo de Campanha

9.0/10

Pros

  • Terror de verdade
  • Gancho para o RE9
  • Alcina Dimitrescu
  • Mansão Beneviento
  • Eu já falei em terror de verdade?

Cons

  • Partes que parecem COD
  • Algumas lutas contra chefes parecem preguiçosas
  • Pouco tempo dentro da Mansão Beneviento

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