Prévia – Hades, nas profundezas da repetição
Quando Hades, da pequena desenvolvedora Supergiant Games, chegou como acesso antecipado em dezembro de 2018 ninguém deu bola. Afinal, estamos falando do ano de God of War, Red Dead Redemption 2 e Homem-Aranha. Em 2020 quando o game chegou para os demais consoles arrebatou prêmios ao redor do mundo, inclusive títulos como o de melhor jogo do ano.
Um game lançado em dezembro de 2018 que ganhou GOTYs em 2020 deve ser um jogo e tanto, dirá o leitor mais afoito. Ledo engano. Com a chegada de Hades ao Game Pass finalmente pude colocar as minhas mãos e, após algumas horas nas profundezas do Tártaro, resolvi fazer essa prévia.
Hades não tem nada além do que já foi visto nos jogos do gênero. A dinâmica desses rogue likes são todas iguais. Passe pelas fases sem morrer até chegar ao final. Isso mesmo, se morrer você volta para o início e perde todo o seu progresso. Uau! Isso é o que chamam de diversão nos dias de hoje? Prefiro jogar futebol de botão.
Enfim, até a quinta tentativa eu, na minha nobre inocência, achava que todos os upgrades ficavam salvos. Ah, meus amigos, como fui tolo. Só depois eu percebi que morreu, perdeu. E lá vou eu tentar fugir das chamas infernais. Após algumas tentativas infrutíferas em deixar as garras de Hades (até tentei trocar uma ideia com Caronte, mas o safado não fala nada), larguei o jogo e fui dormir.
O pior é que o game tem potencial. As animações são bem feitas, os efeitos são maneiros e a trilha sonora é matadora. Porém, a gameplay é genérica, a história é rasa e o avanço é praticamente inexistente. Me lembrou muito alguns jogos idle (aqueles que você não precisa fazer nada) para celulares. Sério, podem procurar na sua loja favorita que você vai encontrar uma centena de games parecidos.
Porém, para os chatos de plantão não ficarem atirando tomates e repolhos, dizendo que não sou gamer, vou dedicar mais algumas horas ao jogo para depois trazer para vocês uma análise completa.