A história da Insomniac Games
Demorou mas finalmente a Insomniac Games alcançou a primeira prateleira das desenvolvedoras que fazem parte do plantel de Sony. Com vasta experiência em títulos para família, a companhia também se aventurou de forma soberba em outros estilos como FPS e ação/aventura. E agora que estão focados 100% na nova geração, a Insomniac larga na frente das demais concorrentes. Venha comigo para conhecer a história da empresa.
O início de tudo
Fundada em fevereiro de 1994 por Ted Price como Xtreme Software, apenas um ano depois recebeu o nome Insomniac. A companhia já iniciou os seus trabalhos desenvolvendo games para a PlayStation.
Disruptor (1996), jogo de tiro em primeira pessoa inspirado em Doom e exclusivo do PlayStation, foi o primeiro título da casa. Apesar de ter sido bem recebido pela crítica (média de 8,5) foi um fracasso de vendas. Tão fracasso que quase levou a empresa com apenas dois anos de vida à falência. Mas o game abriu os olhos da Insomniac para o verdadeiro público do console da Sony: os jovens.
Sendo assim, em 1998 a companhia lançou o primeiro game da franquia Spyro the Dragon. O título foi tão bem sucedido que ganhou duas sequências nos dois anos seguintes: Spyro 2: Ripto´s Rage e Spyro: Year of the Dragon, ambos para o PlayStation.
Com a chegada do poderoso PlayStation 2, a empresa começou a trabalhar diretamente com a Sony sugerindo alguns games, mas nenhum foi aceito. Foi então que o programador Brian Hastings deu a ideia para um título espacial e voltando para toda a família. Em 4 de novembro de 2002 foi lançado Ratchet and Clank. O jogo foi sucesso absoluto e recebeu mais três sequências, todas para o PlayStation 2:
Ratchet and Clank: Going Commando (2003)
Ratchet and Clank: Up Your Arsenal (2004)
Ratchet: Deadlocked (2005)
Ao mesmo tempo em que trabalhava nos games da franquia Ratchet, e com a chegada do PlayStation 3, a empresa queria voltar à prancheta iniciada com Disruptor. A ideia era um game FPS para bater de frente com grandes títulos da época como Black e COD 3. Então, lançado como first party do PS3, em novembro de 2006, a Insomniac nos deu o incrível Resistance: Fall of Man. Novamente foi mais um acerto da empresa. A franquia recebeu mais dois games: Resistance 2 (2008) e Resistance 3 (2011).
Enquanto trabalhava na franquia de FPS, a companhia não abandonou as aventuras do Lombax. Pelo contrário, entregaram nada menos que seis títulos da saga Ratchet and Clank entre 2007 e 2013, todos para PlayStation 3.
Ratchet and Clank Future: Tools of Destruction (2007)
Ratchet and Clank Future: Quest for Booty (2008)
Ratchet and Clank Future: A Clank in Time (2009)
Ratchet and Clank: All 4 One (2011)
Ratchet and Clank: Full Frontal Assault (2012) – PS3 e Vita
Ratchet and Clank: Into the Nexus (2013)
Outros caminhos
Tendo se dedicado com maestria aos consoles da Sony por muitos anos, outras empresas abriram os seus olhos para a Insomniac. Em 2010 a companhia fechou uma parceria com a EA onde entregou dois títulos. Outernauts (2012), um RPG social que saiu no Facebook e depois ganhou versões para celulares. E no ano seguinte o fracassado Fuse, jogo de tiro em terceira pessoa para PS3 e Xbox 360.
Porém, o aprendizado em Fuse galgou os caminhos para Sunset Overdrive, jogo exclusivo de Xbox One e grande sucesso entre o público. A Insomniac ofereceu o game para várias publicadores, mas apenas a Microsoft aceitou e lançou o jogo em 2014. Na mesma época a empresa começou a desenvolver jogos menores, sendo o primeiro Slow Down, Bull, lançado em 2015 para PCs. Um ano depois voltaram as atenções novamente para Rachet trazendo uma versão remasterizada do primeiro game para o PlayStation 4.
Neste meio tempo ainda tiveram algumas experiências em jogos mobile lançando três games em 2015: Fruit Passion, Bad Dinos e Digit & Dash. Além disso, também se aventuraram nos games em realidade virtual lançando alguns títulos com exclusividade para o Oculus Rift entre 2016 e 2019.
Edge of Nowhere (2016)
Feral Rites (2016)
The Unspoken (2016)
Stormland (2019)
Em 2018 a Insomniac voltou com tudo ao PlayStation 4 ao lançar o jogo do Homem-Aranha. Sucesso de crítica e público (8.7 no Metacritic), o game ganhou uma “sequência” em 2020 estreando outro personagem querido do universo aranha, Miles Morales (8.5 no Metacritic).
Finalmente chegamos em 2021 com a estreia da companhia na nova geração. Ratchet and Clank: Rift Apart (8.8 no Metacritic) mostrou do que a Insomniac é capaz de fazer com o PlayStation 5 e todo o suporte da Sony. O jogo é tão incrível que fatalmente estará entre os finalistas ao GOTY deste ano.
Focados no PlayStation 5
No dia 9 de setembro a Sony apresentou a PlayStation Showcase (clique aqui para ver como foi) e, sem fazer alarde antes do evento, a Insomniac meteu os dois pés no peito da galera. Com as atenções todas voltadas para God of War Ragnarok, poucos acreditavam em alguma novidade por parte da companhia responsável por Ratchet and Clank.
Foi então que apresentaram os dois próximos games da casa. Spider-Man 2, com direito a team up ao lado de Miles Morales e nada menos que Venom! O ator que irá dublar o anti-herói, Tony Todd (mais conhecido pelos trabalhos na franquia de filmes Candyman), disse que a janela de lançamento para 2023 é porque o game será massivo. E se tem Venom, as chances do Carnage aparecer são altas.
E como quem não quer nada, soltaram um teaser do baixinho mais marrento da Marvel. A Insomniac vem pesada com Wolverine e suas garras. O breve trailer parece ter saído diretamente das HQs e já é um dos games mais aguardados. Porém, não ofereceram qualquer gameplay ou data de lançamento.
O futuro da Insomniac dentro da Sony é promissor. Já mirando em games exclusivos para o PlayStation 5, a companhia deixou a geração passada para trás e promete grandes títulos para o futuro. Naughty Dog e Santa Monica, os dois principais estúdios da Sony, agora dividem a atenção com Ratchet, Homem-Aranha e Wolverine. Enquanto a Santa Monica trabalha num jogo crossgen e a Naughty Dog se dedica a um multiplayer, a Insomniac deve reinar absoluta nesses primeiros anos do PlayStation 5.