REVIEW: GOD OF WAR RAGNARÖK

God of War Ragnarök possui todos os elementos que fazem um jogo ser nota 10! Sim, já largo a minha nota aqui para você não ter dúvidas de que o game é excelente! O jogo só tem um problema: tudo é spoiler! Qualquer coisa que eu escrever aqui sobre o enredo, personagens ou narrativa, irá estragar as surpresas preparadas pela equipe da Santa Monica Studio. Portanto, dessa vez farei a clássica análise dos elementos mais importantes em um jogo! Mas é sempre bom lembrar:

ATENÇÃO – SPOILERS À FRENTE

Jogar God of War Ragnarök me fez lembrar de como a Santa Monica Studio consegue alcançar níveis épicos sem abrir mão de todos os pormenores que um game desse precisa! Enquanto God of War 3 fecha com maestria a saga grega, o Ragnarök conclui a história nórdica! Bom, concluir não é bem a palavra certa porque o gancho final está lá e queremos uma continuação! Mas vamos ao que interessa!

GRÁFICOS

Começarei pelo elemento mais óbvio de todos. A beleza encontrada em God of War Ragnarök é de cair o queixo. Já vi muitos jogos onde os gráficos (principalmente dos cenários) se iguala a este game. Uncharted 4, Guardiões da Galáxia e A Plague Tale Requiem, por exemplo. Mas a quantidade de biomas, flora e fauna é absolutamente incrível em Ragnarök!

Finalmente pudemos perambular pelos Nove Reinos Nórdicos e cada um deles é único. Das gélidas planícies de Helheim, passando pelas fontes termais em Svartalfheim e chegando aos agitados vulcões em Muspelheim, a atenção aos detalhes é tremenda! A cada passo você encontra alguma coisa como insetos nas cavernas, macacos nas florestas e até tartarugas despreocupadas com o que está acontecendo!

Não estou falando de cenários acanhados em espaços apertados. Tudo em Ragnarök é superlativo. Obviamente que não estamos falando de um jogo em mundo aberto, mas mesmo assim a vista alcança longe! É possível visualizar em detalhes todo o terreno e vegetação. A vida não parou só porque Kratos está passando o machado nos inimigos!

Por falar no Fantasma de Esparta, mais um acerto da equipe de desenvolvimento! Tanto Kratos como Atreus, Freya e outros personagens estão muito bem acabados. Os detalhes das roupas, armas, objetos e golpes são fantásticos! Os tecidos, por exemplo, são praticamente reais. As linhas entalhadas nas armas em ouro ou prata brilham de forma preciosa!

JOGABILIDADE

Se o jogo de 2018 mudou completamente o esquema de God of War, o Ragnarök melhorou ainda mais! Novos golpes, armas e combos trouxeram as novidades que todos aguardavam! Seria estranho e triste se a Santa Monica tivesse feito mais do mesmo! Afinal, quatro anos separam os dois títulos, tempo suficiente para tudo ser aprimorado!

A aventura se inicia com Kratos, obviamente, mas depois de algumas horinhas o game te coloca no comando de Atreus! Sim, meus amigos, nós controlamos o garoto. Enquanto o pai é um bruto com golpes pesados, o filho é muito mais ágil podendo lutar de longe e de perto! A jogabilidade de Atreus é tão divertida que é difícil escolher entre as duas!

Outro elemento novo em Ragnarök é a presença dos companheiros. Em 2018 eram apenas Kratos e Atreus. Agora, além da dupla principal, temos Freya, Brok e pasmem, Thor como amigos de batalha! É uma adição tão incrível que chega a ser surreal! E olha que nem vou me alongar muito nos novos puzzles e elementos de cenários que fazem de Ragnarök uma verdadeira continuação e não um God of War 2.0 que muitos, inclusive eu, achava quando a primeira gameplay foi divulgada!

SOM

Reservo um espaço para dar destaque a este elemento que começou a ganhar a atenção dos jogadores recentemente. Quando eu era um garoto, a sonoridade era limitada a alguns efeitos e a trilha sonora! Pouco importava se o personagem falava ou se o som de determinada arma estava de acordo. Tanto é que o encanador mais famoso do mundo não abria a boca!

Ainda bem que a tecnologia evoluiu ao ponto de termos compositores do calibre de Bear McCreary criando a trilha sonora impecável de God of War Ragnarök. Em tempo, Bear é responsável pelas trilhas de diversos filmes e séries! Esse quesito ganhou tamanha importância que pela primeira vez o Grammy (maior premiação da música mundial) terá uma categoria dedicada aos games. E não por acaso, Bear McCreary é um dos indicados, não por Ragnarök, mas pelo seu trabalho em Call of Duty Vanguard!

E o que dizer das adaptações brasileiras? Dubladores e profissionais do áudio estão cada dia mais afinados. A trinca Ricardo Juarez (Kratos), Lipe Volpato (Atreus) e Gabriel “Alemão” (Thor), dão a tônica das interações entre os personagens e entregam atuações dignas dos melhores filmes. Lógico que não posso esquecer de mencionar Beatriz Villa (Freya) e a lenda Milton Levy (Mimir), entre tantos atores/dubladores que fizeram um papel impecável deixando as suas impressões no jogo!

ENREDO

Deixei o mais importante para o final! E de novo, cuidado com os spoilers! Quando terminamos o game de 2018, o “final secreto” revela que Thor quer trocar uma ideia com Kratos. Afinal, o Deus da Guerra ao lado de Atreus, matam os filhos do Deus do Trovão! Em Ragnarök temos o desfecho desse encontro logo nos minutos iniciais com direito a presença de Odin! O que eles querem é óbvio, vingança de sangue!

Enquanto Kratos é mais comedido com o desejo de fazer justiça, Atreus, no alto de sua juventude, chuta o balde e planeja dar um nó em Odin. Bom, o Caolho sabe tudo, afinal tem lacaios como Heimdall que enxergam longe, e não é fácil enganá-lo! Com a ajuda dos anões Brok e Sindri, da Freya e alguns novos personagens, a dupla parte para cima do panteão nórdico no melhor estilo God of War 3!

Com muitas reviravoltas, diálogos precisos e inspiradores (“suas escolhas não importam, o que importa são as consequências, garoto”), a história de God of War Ragnarök é simplesmente incrível. Se eu me estender aqui contarei mais spoilers, mas preciso dizer que toda interação entre os personagens conta um pouco do que aconteceu e do que está acontecendo. Então, nada de pular diálogos ou deixar de ler aquele códice maneiro!

VEREDITO FINAL

God of War Ragnarök é um dos poucos jogos que me fez sentir todo tipo de emoção. Chorei muito, dei risada, tomei susto, fiquei com medo. A cada diálogo entre Kratos e Atreus, principalmente nos momentos chave do jogo, eu me arrepiava porque é um verdadeiro relacionamento entre pai e filho. E só existe uma coisa que te faz trabalhar para ser uma pessoa melhor, um filho! Eu, com três crianças, me senti representado por esse jogo de uma forma que nenhum outro conseguiu!

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God of War Ragnarök

100
10

GRÁFICOS

10.0/10

JOGABILIDADE

10.0/10

SOM

10.0/10

ENREDO

10.0/10

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