REVIEW – STAR WARS JEDI: SURVIVOR

Cal Kestis e BD-1 continuam suas aventuras em Star Wars Jedi: Survivor praticamente no mesmo ponto onde o antecessor, Fallen Order, parou. Com muito mais vontade para acabar com o Império, Kestis e seus amigos batem de frente com os Incursores do Caos, uma seita que quer acabar tanto com o Império como com os Jedi restantes. Confira o Review de Star Wars Jedi: Survivor!

CUIDADO! SPOILERS DO JOGO À FRENTE!

A História

Star Wars Jedi: Survivor segue os passos de Cal Kestis em sua missão para destruir o Império e conseguir viver em paz sem ser perseguido pelos Inquisidores. Para isso ele conta com a ajuda de diversos companheiros. Rostos novos e antigos surgem para dar aquela mão necessária e criar um vínculo de amizade entre os personagens.

Porém, o vilão da vez não é o Imperador e seu exército de clones. O inimigo real são os Incursores do Caos, fanáticos que querem moldar a Galáxia muito, muito distante, em uma utopia onde apenas os mais fortes sobrevivem. O básico do ser humano sem noção que estamos acostumados em nossa própria Galáxia.

Obviamente que o Império está com tudo e caçando os Jedi remanescentes da Ordem 66, portanto, Kestis enfrenta tanto os lacaios de Darth Vader, quanto os seguidores da seita dos Incursores do Caos. E nessa tocada somos levados para os confins da Galáxia, seguindo O Caminho Oculto na tentativa de encontrar o planeta Tanallor e estabelecer um novo Templo Jedi. Só que os Incursores querem a mesma coisa. Liderados por Dagan Gera, um ex-Jedi da Alta República que ficou suspenso em um tanque de Bacta por anos a fio, essa seita faz de tudo para cumprir os seus planos.

A história é o ponto forte em Star Wars Jedi: Survivor – como veremos adiante – e não perde em nada para os melhores filmes e séries da franquia. Além disso, a lore é aprofundada com textos e descrições de itens que nos levam ao início da Ordem Jedi quando o principal inimigo eram os Nihil. Porém, com muitas mecânicas tomadas emprestadas de outros jogos e uma gameplay um tanto quanto repetitiva, Star Wars Jedi: Survivor mais parece um Fallen Order 2.0.

Gameplay

Quem jogou Star Wars: Fallen Order, em poucos minutos irá pegar a mão nas batalhas em Jedi: Survivor. O esquema de golpes e combos é basicamente o mesmo. O que muda é a adição de novas habilidades como manipular a mente do oponente para fazê-lo lutar ao seu lado. Com certeza isso dá um ar de novidade ao game e você se sente um verdadeiro Jedi quando os combos encaixam.

A Respawn junto da EA fizeram um início de jogo perfeito para mostrar as novas habilidades de Cal Kestis. A sequência inicial em Coruscant é simplesmente maravilhosa. O planeta cidade com os seus carros voadores, ruas imundas e muito neon, foi um tiro certo para a abertura do game. Porém, após algumas horas de exploração e já com o mapa aberto, sentimos o quanto repetitivo Star Wars Jedi: Survivor se torna.

Pegando mecânicas emprestadas de God of War: Ragnarök, Ratchet and Clank e A Plague Tale, por exemplo, Star Wars Jedi: Survivor não entrega nada muito inovador. Quer dizer, se comparado ao título anterior, sim, temos muitas novidades. Mas a cópia de mecânicas de outros jogos é tão escancarada, que ao desligar o console o gosto é mais do mesmo.

Com cenários amplos no velho esquema metroidviano – onde é preciso voltar mais tarde para conseguir pegar um item ou matar um boss – companions que só estão lá para seguir a moda imposta por outros jogos e animais que servem de montaria, Star Wars Jedi: Survivor consegue aumentar o escopo da antecessor, mas, infelizmente, sem mostrar nada de novo.

Gráficos

Este é o quesito que mais chama a atenção em Star Wars Jedi: Survivor, mas não por ser uma excelência. É triste dizer isso, mas o jogo está feio e roda mal. A versão zerada foi a do PlayStation 5 e mesmo com SSD e rodando no modo desempenho, tive muitas quedas de frame rate, bugs, glitches e crashes. O game travou algumas vezes me obrigando a reiniciar o console e em outras simplesmente saiu sozinho. Um título Triple A que se preze não pode cometer esses erros.

O elemento “draw distance” – a capacidade de ver em detalhes o cenário lá adiante – é o mais pecaminoso. Em certos momentos, ao olhar no horizonte, dava para ver o cenário aparecendo do nada e muitos serrilhados. A água, um elemento bem difícil de simular em jogos, apresenta uma textura bem estranha, assim como rochas e plantas. De perto as coisas são mais bonitas, mas, por exemplo, o jogo dos Guardiões da Galáxia é mil vezes melhor nesse quesito e em outros.

Com tantos bugs, glitches e gráficos que às vezes lembram o saudoso PlayStation 3, era de se esperar que a Respawn soltasse patches e updates. Pelo menos foi o que ela fez. Desde que eu comecei a jogar até zerar, a desenvolvedora soltou, pelo menos, um patch por semana. E não era pouca coisa. Infelizmente Star Wars Jedi: Survivor foi lançado inacabado e isso tira pontos importantes na hora de fazer um review.

Trilha Sonora

Mais uma vez é aqui – e ao lado da história – que Star Wars Jedi: Survivor se destaca. Como o jogo é parte canônica da franquia criada por George Lucas, os acordes clássicos que todos conhecem, como a Marcha Imperial de Darth Vader, estão presentes, bem como outras músicas famosas e inéditas.

Tudo muito bem orquestrado, este é um elemento essencial quando falamos de Star Wars. A trilha numa constante e aumentando, o barulho dos blasters sendo disparados e o Sabre de Luz fatiando os inimigos, todo esse conjunto nos faz lembrar onde estamos e qual o nosso objetivo. É incrível como um único elemento pode dar vida a um jogo.

Veredito Final

Como dito no início, Star Wars Jedi: Survivor acaba sendo mais do mesmo. O jogo amplia o que foi mostrado em Fallen Order com novas habilidades para Cal, novos personagens para interagir, missões secundárias e muitos, muitos cosméticos para você perder tempo personalizando o seu Sabre de Luz, o simpático BD-1, as indumentárias de Cal, com direito a barba, cabelo e bigode.

O mapa da Galáxia também não foi ampliado, na verdade parece que foi reduzido. As missões se passam em apenas um planeta, uma lua e uma estação espacial. O problema é que, ao abrir o mapa, a impressão é que teremos uma aventura que se dará em diversos cantos da Galáxia. Palpatine riu da minha cara.

Além dos cenários mais amplos, é possível “melhorar” a base onde Cal se estabelece no planeta Koboh, levando itens para os NPcs, bem ao estilo de Forbidden West e tantos outros jogos. Mas nada empolga para cumprir as missões secundárias ou ir atrás de itens para trocar por peças do Sabre, do blaster ou do BD-1.

Por ter jogado Fallen Order com certo atraso e tê-lo zerado não faz muito tempo, fiquei com a sensação de que Star Wars Jedi: Survivor poderia ter entregado mais novidades. Mas esta é apenas a minha opinião. Se você concorda ou discorda, diga nos comentários. Que a Força esteja com você.

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Star Wars Jedi: Survivor

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8.6

GRÁFICOS

6.5/10

JOGABILIDADE

8.0/10

SOM

10.0/10

ENREDO

10.0/10

Sobre o Autor

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