REVIEW – SEA OF STARS
Um bom RPG raíz precisa de alguns ingredientes básicos em sua receita. Senão vejamos: combate por turno; classes variadas; golpes incríveis; combos mirabolantes; narrativa cativante! Sea of Stars, da Sabotage Studio, tem tudo isso e muito mais. Se você quer ver a jogatina de Sea of Stars, recomendo acessar o nosso canal no YouTube que lá tem a gameplay completa! Então vamos ao review de Sea of Stars!
NAVEGANDO RUMO AO DESCONHECIDO
Sea of Stars foi uma excelente surpresa para os fãs dos clássicos jogos de RPG dos anos 90. Inspirado na obra Chrono Trigger – inclusive o compositor Yasunori Mitsuda trabalhou em ambos os jogos – o game da Sabotage Studio mostra todo o seu potencial logo nas primeiras horas.
A história dos dois irmãos, Zane e Valere, que estão destinados a serem os salvadores do universo é profunda e com muitas camadas. Eu iniciei a jornada achando que seria mais um conto clichê onde o que importa é a ação. Ainda bem que eu me enganei. A narrativa vai sendo construída aos poucos com a chegada de novos membros e a descoberta de novos lugares e inimigos.
As quase 25 horas de jogatina podem espantar quem não está familiarizado com o gênero. Afinal, a maioria dos games lançados nos últimos anos estão cada vez menores. Normalmente um título como Sea of Stars teria, no máximo, umas 15 horas. Mas não. Os desenvolvedores colocaram muita paixão e dedicação para entregar um título tão longo quanto magnífico.
Não entrarei nos pormenores da história para não dar spoilers, mas posso dizer que a narrativa é contada de uma forma que impele seguir no jogo e que Sea of Stars tem muito plot twist. Ou seja, nada de clichê e muita originalidade.
A arte, assim como a trilha-sonora, vieram diretamente da escola Chrono Trigger/Chrono Cross. Apesar de tratar o game com pixels – como era antigamente – Sea of Stars utiliza a técnica 2.5D para dar mais profundidade aos cenários e exagera na escala das cores para deixar tudo muito mais vivo e bonito. A variedade dos cenários é imensa e cada um deles possui seu próprio bioma e inimigos. Estou falando desde o clássico fantasia medieval, passando por cenários de terror e até um ambiente futurista com direito a ciborgues e robôs.
HORA DO COMBO
A gameplay de Sea of Stars não tem segredo. O jogo proporciona horas de exploração necessárias. Apesar dos baús com os melhores itens estarem sempre à vista, é preciso desvendar algum quebra-cabeça ou descobrir o único caminho até eles. Mas não se preocupe que esses desafios são mais fáceis do que parecem.
Quando os inimigos chegam, Sea of Stars mostra porque é diferente de outros jogos do gênero. O esquema por turnos é dilatado por elementos simples mas que ajudam na hora do combate. Aqui não basta escolher os golpes, alguns deles precisam da interação do jogador apertando botões no momento certo para causar mais dano.
Além disso, Sea of Stars oferece um sistema de habilidades mágicas onde cada classe possui o seu ritmo e combos entre os personagens que geram muito mais dano que o normal. E para ajudar os menos experientes, o game tem uma série de “talismãs” que recuperam vida, pontos mágicos e outros quesitos importantes.
Mas se você se sente confiante o suficiente para jogar sem esses artifícios, terá que colocar a mão na massa, literalmente. Sea of Stars tem um sistema de cozinha. Nas fogueiras espalhadas pelos cenários, além de poder descansar e salvar o jogo, é possível cozinhar os mais diversos pratos – cada um mais apetitoso que o outro – para serem usados durante os combates.
São delícias doces e salgadas, pratos individuais ou para o grupo, que aumentam a vida, os pontos mágicos, despertam um amigo nocauteado e por aí vai. A descrição e a arte desses pratos dão água na boca de verdade.
VEREDITO FINAL
Sea of Stars – disponível para todas as plataformas – é o típico jogo que pode passar despercebido para a maioria justamente por conta do seu estilo. Mas não se engane. Este RPG raíz é diversão garantida, com horas de combates intensos e muita, muita história boa. Não ficarei espantado se o título estiver entre os finalistas para “Jogo do Ano” no The Game Awards. Provavelmente o game da Sabotage não deve levar o prêmio, mas com certeza deveria ser indicado nesta e outras categorias como “Melhor RPG” e “Melhor Trilha-Sonora”.
****
Se você gosta do nosso conteúdo e quer ajudar o Bar dos Gamers a manter as portas sempre abertas, faça uma doação no valor que quiser para o pix bardosgamers@bardosgamers.com.br
Faça parte do nosso grupo no Whatsapp para trocar aquela ideia do seu game, filme ou séries favoritos! Clique aqui e faça parte!