CRÍTICA – BLUE EYE SAMURAI

Sempre fui fascinado pela cultura oriental. Em se tratando de Japão, sou ainda mais apaixonado. De toda a magnífica história nipônica, a época dos samurais é a minha favorita. A série de animação Blue Eye Samurai (criada e escrita pela equipe de marido e mulher Michael Green e Amber Noizumi), da Netflix, capta toda a essência desses guerreiros em uma narrativa recheada de vingança e amizades improváveis. Confira a crítica de Blue Eye Samurai.

CUIDADO! CONTÉM SPOILERS!

Blue Eye Samurai se passa durante os anos 1600 quando o Japão se fechou para o mundo. Quem era “de fora” e ficou pelas bandas da terra do Sol Nascente, era tratado como lixo. Nesse contexto surge Mizu (Maya Erskine), um samurai “híbrido”, filho de um “homem-branco” com uma japonesa. Espera! Eu disse filho?

Na verdade, Mizu, além de ter o sangue europeu em suas veias e os olhos azuis, é uma mulher! Imagina o tanto que ela sofreu quando era criança. Bom, nem precisa imaginar. Ao longo dos 8 episódios a série mostra em flashbacks a difícil infância de Mizu que teve que se passar por garoto e viver escondida para não acabar com uma lâmina bem no meio da garganta.

Quando criança, Mizu se encontra sozinha em um ambiente inóspito. Seu salvador é um fabricante de espadas cego (interpretado pelo mestre Cary-Hiroyuki Tagawa, o Shang-Tsung de Mortal Kombat e Heihachi Mishima de Tekken), que toma Mizu como ajudante. E assim o tempo passa com Mizu aprendendo a fazer espadas e treinando sempre que possível, mas sempre escondida do mundo.

Mesmo após atingir a maturidade, Mizu esconde as suas origens e continua se apresentando como “o” Mizu. Seu principal objetivo é claro, encontrar os únicos quatro homens que viviam nos arredores quando ela nasceu e matar todos eles. Quer dizer, três homens. Como ela mesmo confirma, já passou a lambida em um deles (mas isso a série não mostra).

Como toda história de herói, Mizu encontra um improvável ajudante, Ringo (Masi Oka, o Hiro de Heroes), que por uma má formação nasceu sem as duas mãos. Porém, sua deficiência não o impede de ser útil, aparecendo sempre nas horas certas. Ringo leva a sério o cargo de aprendiz/ajudante e trás uma certa leveza à série que na maior parte do tempo é bem sombria.

Juntos eles vão atrás da sua próxima vítima, Abijah Fowler (Kenneth Branagh), um irlandes safado e arrogante que almeja nada menos que acabar com o xogunato. Possuindo armas de fogo vindas diretamente da Inglaterra, ele prepara na surdina um exército que deixa de lado a honra da espada para utilizar o poder mortal da pólvora.

Além da dupla Mizu e Ringo, Blue Eye Samurai também foca nas vidas da princesa Akemi (Brenda Song) e seu noivo Taigen (Darren Barnet). Seus destinos se cruzam com o de Mizu quando esta desonra Taigen durante um combate. Ele, por sua vez, precisando recuperar sua honra para firmar o casamento com Akemi, promete que ninguém mais deve matar Mizu além dele. Dessa forma, a dupla ganha um improvável aliado que “defende” Mizu com unhas e dentes.

A partir desse ponto a história se desenrola com muitas tripas, sangue e membros decepados. Mizu não poupa esforços para atingir o seu objetivo e utiliza as mais diversas técnicas para encontrar Fowler. Mais do que isso irei entregar o fim dessa maravilhosa narrativa.

Blue Eye Samurai, da Netflix, é uma excelente pedida para quem gosta do tema. A série explora o feitio das espadas, a honra e principalmente a amizade. Mas tome cuidado e assista longe das crianças. Não é à toa que Blue Eye Samurai é classificado para maiores de 18 anos.

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Blue Eye Samurai

10

NOTA

10.0/10

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