Nova patente da EA permite que jogadores apliquem sua própria voz a personagens de jogos
A EA registrou uma patente que permite aos jogadores gerar dublagens no jogo usando sua própria voz. Conforme observado pelo VeryAli Gaming, a patente – intitulada ‘Geração de fala na voz de um jogador de um videogame’ – foi arquivada em 2020, mas foi publicada no mês passado.
A patente descreve um processo em que os jogadores “inserem dados que representam o conteúdo da fala”, que são então processados por um módulo sintetizador, um conversor de voz e um vocoder – o que quer que seja isso – para gerar novos diálogos com base na amostra. A ideia é que os jogadores poderão colocar sua própria voz no game, sendo o exemplo mais óbvio a capacidade de fazer com que o protagonista soe como o jogador.
A patente explica que as tentativas anteriores de gerar fala em jogos muitas vezes envolvem sistemas de texto para fala, nos quais o jogo recebe texto e usa um sintetizador para gerar áudio de fala. No entanto, a patente afirma que “tais abordagens geralmente requerem muitas amostras de fala (por exemplo, horas de amostras de fala) para que o sintetizador capture com precisão a voz no áudio de fala sintetizado” e que, se uma voz diferente for necessária, o sintetizador precisaria ser treinado novamente com horas de novas amostras.
Os métodos descritos na patente, no entanto, “permitem que o áudio da fala seja gerado na voz de um jogador de videogame, usando áudio da fala fornecido pelo jogador (por exemplo, uma pequena quantidade de áudio da fala, como minutos de áudio da fala do jogador) e um conversor de voz”.
O processo parece semelhante aos diversos exemplos de software gerador de voz por IA atualmente encontrados online.
Esses programas podem receber gravações de voz de uma pessoa falando e, em seguida, usar a IA para transformá-las em uma ferramenta de texto para fala que pode dizer qualquer coisa na voz dessa pessoa, de maneira convincente o suficiente para enganar algumas pessoas. Como sempre, o arquivamento de uma patente não é garantia de que essa tecnologia chegará a um videogame, mas pode lançar luz sobre como os futuros jogos narrativos da EA podem evoluir em termos de personalização de personagens.
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