REVIEW: TEKKEN 8 – FINALMENTE A NOVA GERAÇÃO CHEGOU
Tekken 8, da SEGA, foi lançado no início deste ano apenas para os consoles da geração atual – PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC – e carrega a responsabilidade nos jogos de luta em deixar para trás as plataformas da geração passada. Finalmente a nova geração chegou.
ATENÇÃO! Leiam sem medo, pois este review não contém spoilers da história.
Sempre tive a impressão de que a franquia Tekken, da Bandai Namco, ficava relegada a um cantinho meio cinza na cabeça dos jogadores. Quando era mais novo – e isso já tem um tempo – dificilmente Tekken era mencionado nas conversas entre amigos. Street Fighter e Mortal Kombat sempre foram os mais badalados.
Porém, o tempo passou e a franquia de lutas francas foi ganhando sua importância. Ainda mais no Brasil quando a Bandai Namco introduziu o lutador de capoeira Eddy Gordo em Tekken 3. A partir desse momento, pelo menos para nós meros brasileirinhos, o jogo ganhou outros ares.
E agora, com Tekken 8 entre nós, a disputa pelo melhor jogo de luta está cada vez mais acirrada.
NA MINHA ÉPOCA…
Conheci Tekken com o primeiro jogo. Passei horas em fliperamas torrando o “troco do pão” enquanto conhecia Paul, Nina, Law, King, Yoshimitsu e toda a treta envolvendo o Clã Mishima. Família é fogo, meus amigos.
Logo nos primeiros golpes percebi que a tônica em Tekken era diferente dos já famosos Street Fighter e Mortal Kombat. Enquanto esses dois – na minha opinião – eram jogos com muitos comandos com o joystick, Tekken era mais focado na trocação franca, onde os golpes diretos eram mais importantes do que “meia-lua pra frente + soco” ou “frente, frente, trás, baixo + chute”. Não que o jogo não ofereça esse tipo de combate. Pegue o King, por exemplo. Para encaixar os agarrões do rei da luta-livre, sempre foi preciso muita destreza com os comandos.
Tekken 8 não mudou absolutamente nada nesse sentido. O jogo mantém o legado de ser prazeroso para quem só quer se divertir, e ao mesmo tempo desafiador para os jogadores mais hardcore.
ROUND 1
Não tem como. O que mais impressiona em Tekken 8 é o visual. O trabalho da Bandai Namco, se valendo apenas dos hardwares mais novos, canta bonito. Texturas, efeitos de iluminação, partículas, transições, tudo está do jeito que se espera para um jogo exclusivo da geração atual.
Por ter um modo história, que narra os acontecimentos envolvendo Jin Kazama e o final de Tekken 7, o jogo explora o visual para trazer diálogos cheios de ação – inclusive com uma pitada do famigerado Quick Time Events – enquanto vamos trocando entre os personagens para seguir adiante com a narrativa.
Essas transições são tão bem feitas que é difícil distinguir quando estamos de fato lutando ou vendo uma cena pré-gravada. Além disso, conseguimos controlar diversos personagens e assim ter um gosto de como é lutar com cada um sem precisar ficar indo toda hora no menu e escolher um combate com lutadores diferentes.
ROUND 2
Tekken 8 tem nada menos que 32 lutadores disponíveis. Infelizmente nem o querido Eddy Gordo nem a Christie Monteiro – ambos da capoeira – estão lá. Porém, ao que tudo indica, pelo menos um deles deve chegar ao jogo em forma de DLC.
O plantel é um absurdo e mesmo com algumas faltas, oferece horas e mais horas de diversão. Seja nos modos tradicionais, chutando a bola de praia ou então em combates de cinco lutas para conhecer melhor cada um dos personagens, Tekken 8 é uma verdadeira aula de como fazer um game do gênero.
Outro aspecto que dá mais corpo ao título é a trilha sonora e a dublagem. Enquanto a música mantém o clima lá no alto – principalmente no modo história – a dublagem entrega atuações sólidas e competentes. Como a franquia sempre focou nos estilos de luta ao redor do mundo, nada mais normal do que ter lutadores de diferentes países. Consequentemente, temos uma verdadeira Torre de Babel durante diálogos. Enquanto um fala em japonês, outro responde em coreano e lá no fundo vem alguém falando em inglês, mas, como num toque de mágica, no final todo mundo se entende.
YOU WIN
Tekken 8 bate de frente com os últimos lançamentos de seus rivais. Enquanto Street Fighter 6 foca num modo história em um “mundo aberto” com o personagem criado pelo jogador, e Mortal Kombat 1 dá um reset na linha temporal, o jogo da Bandai Namco não muda em nada o seu consagrado estilo.
A história do Clã Mishima nunca foi tão legal e cheia de reviravoltas. Os embates são mais precisos e divertidos. O estilo de gameplay praticamente é o mesmo com pequenas alterações. É possível optar por comandos simples que soltam combos e golpes especiais no apertar de um botão, por exemplo.
Todos esses elementos fazem de Tekken 8 um título obrigatório para os fãs da saga e para os novatos. Para aqueles que nunca jogaram, a Bandai Namco preparou uma recapitulação de todos os títulos anteriores com animações bem bacanudas para preparar o terreno e deixar tudo pronto para o combate! E para quem é fã de longa data, se sentirá em casa!
Esta análise foi feito no PlayStation 5 com uma key enviada pela SEGA!
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