Embracer vende Gearbox e diz “NÃO” para novas aquisições

A Embracer Group, gigante sueca do entretenimento, surpreendeu investidores ao descartar novas aquisições de estúdios após a venda da Gearbox Software para a Take-Two Interactive. A informação bombástica veio à tona logo após a finalização da reestruturação interna da empresa, marcada por vendas, fechamentos e demissões.

Durante nove meses, a Embracer esteve em um processo intenso de reestruturação financeira. O objetivo era reduzir custos e otimizar o grupo. Para isso, diversas medidas foram tomadas, incluindo:

  • Venda de estúdios: A Gearbox, responsável pela série Borderlands, foi o último a ser negociado, por US$ 460 milhões.
  • Fechamento de estúdios: Desenvolvedoras renomadas, como a Free Radical (TimeSplitters) e a Volition (Saints Row), encerraram suas atividades.
  • Cancelamento de jogos: Quase 30 projetos em desenvolvimento foram cancelados.
  • Demissões: Mais de 1.300 funcionários foram desligados.

Com a conclusão desse processo, investidores esperavam uma retomada das aquisições agressivas que marcaram a história recente da Embracer. No entanto, o CEO Lars Wingefors jogou um balde de água fria nesses planos.

“É muito cedo para começar a falar sobre reiniciar as aquisições”, afirmou Wingefors em uma reunião com investidores, segundo o site RPS. “Nosso foco agora é maximizar a lucratividade e geração de fluxo de caixa. Isso significa criar melhores produtos e jogos, e não necessariamente comprar novos estúdios.”

Wingefors reforçou a ideia de que a prioridade atual é a integração e otimização dos ativos já existentes dentro do grupo Embracer. “Vamos nos concentrar em como fazer com que nossas empresas trabalhem juntas de forma mais eficiente, aproveitando melhor as sinergias entre elas”, explicou.

Embora a porta para novas aquisições tenha se fechado (por enquanto), a venda da Gearbox é vista como um passo positivo para a Embracer. Segundo Wingefors, a negociação “marca o resultado final do processo de desinvestimento estruturado e é um passo importante para transformar a Embracer no futuro, com uma dívida líquida notavelmente menor e um fluxo de caixa livre aprimorado. Através da transação, diminuímos o risco do negócio e aumentamos a lucratividade à medida que fazemos a transição para nos tornarmos uma empresa mais enxuta e focada”, finalizou o CEO.

Resta saber se a Embracer conseguirá alcançar suas metas de lucratividade apenas com o elenco atual de estúdios e jogos. O futuro da gigante sueca nos próximos anos promete ser interessante para o mercado de games.

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