Astro Bot é o Mario da Sony

Quem me conhece, sabe bem a minha opinião sobre a Nintendo. Eu sempre fui fã do bigodudo italiano e sua turma, afinal, minha introdução ao mundo dos videogames foi com Mario. Até a chegada do Super Nintendo, eu jogava de forma esporádica em consoles ou PCs de amigos como Atari e Master System. Mas foi só com o console da quarta geração da Nintendo que comecei a realmente entender a força dos jogos eletrônicos.

 

Naquela época – estamos falando dos Anos 90 – eu era apenas uma criança e adorava cada minuto nos mundos de Mario. Seja com Super Mario World ou Mario Kart – que na verdade eram os dois únicos cartuchos do Mario que eu tinha – me divertia como nunca. O tempo passou, eu cresci, mas, infelizmente, os jogos da Nintendo não cresceram comigo. Enquanto eu buscava experiências mais maduras, a Nintendo seguiu focada em um público mais jovem. Foi aí que, com o passar dos anos, acabei deixando Mario e sua turma para trás.

A minha crítica à Nintendo é simples: ela continua fazendo jogos para crianças. Mas, como dizem, uma vez fã, sempre fã. Então, mesmo com essa distância, ainda ficava esperando que a Nintendo fizesse uma IP que tivesse um apelo mais “adulto”, ou que a Sony criasse um jogo mais “infantil” que me fizesse lembrar daqueles bons tempos. E, com Astro Bot, parece que a Sony finalmente conseguiu.

Exclusivo para o PlayStation 5, Astro Bot se destaca principalmente por dois fatores: os incríveis recursos do controle DualSense e as semelhanças com os jogos mais recentes da franquia Mario. O primeiro é difícil de explicar em palavras – é algo que só jogando para entender. Cada movimento do Astro é transmitido diretamente para suas mãos. Você “sente” os socos, os rodopios e os poderes do robôzinho na palma da sua mão. É uma experiência simplesmente incrível.

Como já mencionei, deixei de acompanhar a Nintendo na metade dos anos 90. Então, não sou exatamente um conhecedor dos jogos do Mario. Por isso, não posso afirmar com precisão se Astro Bot é melhor ou pior do que os títulos mais recentes do Nintendo Switch. Mas uma coisa eu posso dizer: aquela sensação de jogatina descompromissada e focada apenas na diversão, que eu tinha ao lado do meu Super Nintendo, voltou com tudo em Astro Bot.

A Sony, com a Team Asobi, conseguiu trazer os elementos clássicos que a Nintendo sabe fazer de melhor: uma jogabilidade intuitiva, desafios de plataforma, chefes de fase criativos, poderes únicos, tudo isso em cenários vibrantes e embalado por uma trilha sonora que gruda na cabeça. Sério, eu me pego assobiando as músicas até na fila do ônibus.

Ainda não terminei Astro Bot, mas posso afirmar com segurança que a Sony e a Team Asobi atingiram seu objetivo de criar um “Mario” para chamar de seu. Além de oferecer diversão para todas as idades, o jogo também é uma verdadeira homenagem à história da Sony e dos 30 anos do PlayStation. Para quem, como eu, comprou seu primeiro PlayStation lá nos anos 90, Astro Bot acerta em cheio no quesito nostalgia.

O único problema? Agora eu quero mais. Um Astro Kart, um Astro Party, talvez até um Astro RPG. Não sei como, mas a Team Asobi vai ter que dar um jeito nisso!

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