PREVIEW – ASSASSIN’S CREED SHADOWS
Minhas primeiras horas no Japão de Assassin’s Creed Shadows foram uma mistura de satisfação e confusão. A gameplay da personagem Naoe era o esperado da franquia com algumas novas mecânicas voltadas mais para a ação. Entretanto, mesmo com mais de 12 horas dentro do jogo ainda não tive a oportunidade de controlar Yasuke (tirando o tutorial inicial) o que me deixou intrigado com a utilização do personagem. Vista seu manto ninja e venha comigo nesse Preview de Assassin’s Creed Shadows!
Não tem como não comparar Assassin’s Creed Shadows com Ghost of Tsushima. Ambos são jogos de mundo aberto no Japão dos samurais. Porém, as semelhanças acabam por aqui. Enquanto o game da Sucker Punch Productions se passa na época da invasão Mongol em 1274, o novo título da Ubisoft avança alguns séculos e coloca o jogador numa das fases mais sangrentas da história japonesa. Oda Nobunaga está em seu auge e o país enfrenta uma terrível guerra civil.
Quem jogou os últimos games da franquia desde que ela recebeu um reboot (Origins, Odyssey, Valhalla e Mirage) ficará feliz em saber que a Ubisoft escolheu um caminho mais simples. Aqui o que vale é um combate mais simples, porém efetivo. A mecânica se afasta do estilo tradicional da série e foca mais em elementos encontrados em títulos consagrados como God of War.
Assassin’s Creed Shadows apresenta diversas árvores de habilidades para deixar o jogador escolher como enfrentará os inimigos. Todas elas possuem vantagens passivas e ativas. Na primeira olhada fiquei intimidado – e até certo ponto frustrado – com a quantidade de opções. A sensação inicial é de que tem muito mais coisa que o necessário.
Um dos grandes problemas da franquia se mantém: a obrigação de upar o personagem para dar continuidade na campanha. O próprio mapa (que não é nada pequeno) mostra o nível que o personagem deve ter para completar as missões da região. Ou seja, é um mundo aberto perigoso, já que perambular por lugares de níveis mais altos, fará de você uma vítima fatal. Outro ponto que ainda não me acostumei é a falta de indicações no mapa de onde está o próximo ponto da história.
Nesse sentido, Assassin’s Creed Shadows pega emprestado mecânicas de exploração de jogos Souls, como Elden Ring, onde é preciso investigar o local para encontrar o objetivo. Sinceramente não gostei muito, queria uma coisa mais direta. Felizmente esse problema tem uma solução sagaz: os batedores.
Esses “NPCs” – se é que podemos chamar assim, já que não existe um personagem físico para eles – podem ser enviados para procurar o próximo ponto do objetivo além de captar recursos para seu esconderijo. Sim, Assassin’s Creed Shadows renova o sistema de assentamento visto em Valhalla e dá a chance de administrar, construir e melhorar diversos aspectos do local. No esconderijo é possível melhorar as armas e armaduras, recrutar mais batedores, assinar contratos (missões secundárias) e usar objetos encontrados no mapa para dar aquela enfeitada no lugar.
Assassin’s Creed Shadows volta à velha máxima de que quanto mais melhor. O novo título da Ubisoft é uma mistura do que deu certo nos jogos da franquia com mecânicas de outros games consagrados. Até aqui, o destaque é mesmo para a narrativa. Muitas cutscenes e CGs bem feitas são usadas para contar a história de Naoe.
Por aqui continuo com minhas andanças por um Japão inflado pela guerra civil onde – até agora – Naoe deve andar pelas sombras para enfrentar os perigos. Gostei de alguns elementos novos como o combate mais focado na ação, mas outros pontos deixam a desejar como a necessidade de grindar e as diversas atividades que no fim das contas não agregam muito à campanha principal servindo apenas como um perfume de flor de cerejeira.
Fiquem atentos que em breve eu volto com a análise completa de Assassin’s Creed Shadows!
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Assassin’s Creed Shadows está sendo jogado e analisado no PlayStation 5 através de uma chave de acesso antecipada enviada pela Ubisoft.