Assassin’s Creed: Ordem Cronológica Completa da Franquia

Com a chegada de Assassin’s Creed Mirage (leia a nossa análise aqui) ao catálogo do Game Pass, muitos jogadores estão se preparando para mergulhar nas areias de Bagdá. Seja você um fã de longa data querendo relembrar a jornada ou um neófito pronto para dar o seu primeiro Salto de Fé, uma pergunta sempre surge: qual a ordem correta para entender essa saga épica?

Esqueça a ordem de lançamento! Para absorver cada detalhe da milenar guerra entre Assassinos e Templários (e suas encarnações anteriores), a ordem cronológica da história é o caminho. Preparamos no Bar dos Gamers o guia definitivo para você se aventurar pela linha do tempo de Assassin’s Creed.

Assassin’s Creed Odyssey (2018)

Período Histórico: 431 a.C. – Guerra do Peloponeso

Lançado em 2018, Odyssey é o ponto de partida da saga, nos levando para a Grécia Antiga em um momento de pura efervescência cultural e militar. O jogo solidificou a transição da franquia para um RPG de ação completo, com um mapa gigantesco, sistema de diálogo com escolhas que afetam a narrativa, customização de equipamentos e habilidades, e um combate naval robusto, herdado e aprimorado de jogos anteriores. A exploração é o ponto alto, convidando o jogador a descobrir ilhas paradisíacas, ruínas misteriosas e cidades vibrantes como Atenas e Esparta.

A trama segue Kassandra ou Alexios, mercenários espartanos (conhecidos como misthios) descendentes do Rei Leônidas. A jornada, que começa como uma busca por vingança familiar, rapidamente se expande para uma conspiração muito maior envolvendo o Culto do Cosmo, uma organização secreta que manipula a guerra entre Atenas e Esparta e que serve como precursora da Ordem dos Templários. É aqui que temos o primeiro contato com a Primeira Civilização (os Isu) de forma mais aprofundada e com artefatos de poder imenso.

Assassin’s Creed Origins (2017)

Período Histórico: 49 a.C. – Egito Ptolomaico

Origins foi o jogo que reinventou a franquia, introduzindo os elementos de RPG que seriam expandidos em Odyssey. Ambientado no Egito Antigo durante o reinado de Cleópatra, o jogo apresenta um novo sistema de combate, mais tático e baseado em hitboxes, e a origem da mecânica de “visão de águia” através da águia Senu. O mapa do Egito é deslumbrante, variando entre desertos vastos, o fértil delta do Nilo e cidades como Alexandria e Mênfis. A exploração de tumbas e pirâmides é um dos pontos mais imersivos.

A história é profundamente pessoal e fundamental para a mitologia da série. Controlamos Bayek de Siuá, o último dos Medjay (protetores do faraó), que, após uma tragédia pessoal devastadora, inicia uma jornada de vingança contra uma sociedade secreta mascarada: a Ordem dos Anciões. Ao lado de sua esposa Aya, a busca de Bayek não apenas molda o destino do Egito, mas também leva à fundação da Irmandade dos Ocultos, a organização que um dia se tornaria a Irmandade dos Assassinos.

Assassin’s Creed Mirage (2023)

Período Histórico: 861 d.C. – Era de Ouro Islâmica

Mirage é uma carta de amor aos primeiros jogos da série, focando em uma experiência mais contida e direcionada. O jogo abandona o gigantismo dos RPGs anteriores para se concentrar nos pilares clássicos da franquia: furtividade, parkour e assassinatos. Ambientado na vibrante e densa cidade de Bagdá, o jogo nos coloca na pele de Basim Ibn Ishaq (personagem introduzido em Valhalla) em sua jornada de ladrão de rua a Mestre Assassino. As mecânicas de “black box” para os alvos principais retornam, oferecendo diversas maneiras de planejar e executar cada assassinato.

A narrativa acompanha o jovem Basim enquanto ele é recrutado pelos Ocultos e treinado por sua mentora, Roshan. A história explora não apenas a luta contra a Ordem dos Anciões em Bagdá, mas também os conflitos internos de Basim, que é assombrado por visões misteriosas. Mirage serve como uma ponte crucial, detalhando o passado de uma figura enigmática e aprofundando os rituais e a filosofia da Irmandade.

Assassin’s Creed Valhalla (2020)

Período Histórico: 873 d.C. – Era Viking

Valhalla retoma a fórmula de RPG de ação, mas com um foco maior na exploração e na construção de um lar. Ambientado durante a invasão Viking da Inglaterra, o jogo nos coloca no controle de Eivor, líder do Clã do Corvo. As mecânicas principais giram em torno de saques a mosteiros e fortalezas para obter recursos, que são usados para expandir e melhorar o assentamento de Ravensthorpe. O combate é brutal e visceral, permitindo o uso de duas armas simultaneamente, e o mundo é dividido em grandes regiões da Inglaterra e Noruega.

A história segue a jornada de Eivor para estabelecer uma nova casa para seu povo na Inglaterra. No processo, eles se envolvem nos conflitos políticos dos reinos anglo-saxões e cruzam caminho com os Ocultos, liderados por Basim e Hytham. A luta contra a Ordem dos Anciões continua, com Eivor caçando seus membros por toda a Inglaterra. A trama também possui uma forte conexão com a mitologia nórdica e a Primeira Civilização, explorada através de sequências de sonhos e visões em Asgard e Jotunheim.

Assassin’s Creed (2007)

Período Histórico: 1191 d.C. – Terceira Cruzada

O jogo que deu início a tudo. Ambientado na Terra Santa durante a Terceira Cruzada, o primeiro Assassin’s Creed estabeleceu os conceitos fundamentais da série. O parkour fluido pelas cidades de Damasco, Acre e Jerusalém era revolucionário para a época, assim como o conceito de “assassinato social”, onde o jogador deve se misturar à multidão para se aproximar de seus alvos. Embora sua estrutura de missões seja repetitiva, a atmosfera e a base filosófica do Credo são inegavelmente marcantes.

A trama apresenta Altaïr Ibn-La’Ahad, um Mestre Assassino que, após falhar em uma missão crucial e quebrar os três dogmas do Credo, é rebaixado a novato. Para reconquistar sua honra e seu posto, ele recebe a tarefa de eliminar nove figuras-chave, todas membros da Ordem dos Templários, que estão manipulando ambos os lados da Cruzada para seus próprios fins. É a introdução pura ao conflito ideológico central da franquia: a paz através do livre-arbítrio (Assassinos) contra a paz através do controle (Templários).

Assassin’s Creed II (2009)

Período histórico: Renascimento Italiano – Século XV

Considerado por muitos o ponto mais alto da franquia, Assassin’s Creed II apresentou Ezio Auditore da Firenze, talvez o Assassino mais icônico da série. O jogo aprimorou todos os aspectos do primeiro título, trazendo mais variedade de missões, armas e um enredo muito mais envolvente.

A trama acompanha a jornada de Ezio após testemunhar a execução de sua família. Ao longo de sua vida, ele se torna um lendário Assassino, enfrentando os Templários liderados pelos Bórgias. Além de aprofundar o conflito central da franquia, o jogo também trouxe elementos de exploração mais ricos e apresentou personagens marcantes, como Leonardo da Vinci.

Assassin’s Creed Brotherhood (2010)

Período histórico: Roma – Século XVI

Assassin’s Creed Brotherhood continua a saga de Ezio, agora estabelecido como Mestre Assassino. O título introduziu a possibilidade de recrutar e treinar novos membros para a Ordem, além de trazer mecânicas inovadoras, como ataques em grupo.

A história se passa em Roma, onde Ezio continua enfrentando a família Bórgia pelo controle da cidade. O jogo também marcou a estreia do modo multiplayer na franquia, que trouxe novas camadas de diversão competitiva. Brotherhood é essencial para compreender a evolução dos Assassinos em sua luta pela liberdade.

Assassin’s Creed Revelations (2011)

Período histórico: Constantinopla – Século XVI

Encerrando a trilogia de Ezio, Assassin’s Creed Revelations apresenta o protagonista mais velho, em busca de respostas sobre a ordem e sobre seu antecessor, Altaïr. O jogo mistura elementos da jornada espiritual com novos gadgets, como o gancho para facilitar a exploração.

Em Constantinopla, Ezio descobre segredos escondidos pela Primeira Civilização e revive memórias de Altaïr. Essa fusão de histórias conecta duas das linhas narrativas mais importantes da franquia, enquanto o presente de Desmond Miles também se aprofunda.

Assassin’s Creed Shadows (2024)

Período histórico: Japão Feudal – Século XVI

Assassin’s Creed Shadows, leva a franquia para um dos cenários mais aguardados pelos fãs: o Japão feudal. O jogo coloca os jogadores na pele de dois protagonistas distintos — Naoe, uma assassina shinobi, e Yasuke, o lendário samurai africano que serviu sob Oda Nobunaga. Essa dualidade oferece estilos de jogabilidade complementares: furtividade e agilidade com Naoe, e força bruta e combate direto com Yasuke.

A narrativa acompanha o período de unificação do Japão, explorando as tensões políticas e sociais da época. Além de apresentar uma ambientação riquíssima, Shadows se conecta à tradição da franquia ao aprofundar o papel dos Assassinos e Templários em terras orientais. Confira nossa análise de Assassin’s Creed Shadows.

Assassin’s Creed IV: Black Flag (2013)

Período Histórico: 1715 d.C. – Era de Ouro da Pirataria

Muitas vezes considerado um dos melhores da franquia, Black Flag nos leva ao Caribe durante a Era de Ouro da Pirataria. O jogo tem um foco massivo na exploração naval, permitindo que os jogadores comandem seu próprio navio, o Gralha, para batalhar contra frotas, caçar tesouros e explorar ilhas. O mundo aberto é vasto e cheio de vida, combinando perfeitamente a vida de pirata com as atividades de um Assassino.

O protagonista é Edward Kenway, avô de Connor de AC III, um corsário galês que sonha com riqueza e glória. Inicialmente, ele se envolve no conflito entre Assassinos e Templários por puro oportunismo, mas ao longo de sua jornada ao lado de piratas lendários como Barba Negra e Calico Jack, ele acaba abraçando o Credo. A história é uma aventura fantástica sobre liberdade, ganância e redenção.

Assassin’s Creed Rogue (2014)

Período Histórico: 1752 d.C. – Guerra dos Sete Anos

Rogue é um título único por inverter a perspectiva da saga. O jogo se passa entre Black Flag e AC III, utilizando muitas das mecânicas navais de seu antecessor, mas com um cenário no Atlântico Norte. As batalhas navais agora incluem novas armas e a ameaça de ser abordado por inimigos. A jogabilidade em terra agora exige que o jogador se defenda de Assassinos, que usam as mesmas táticas furtivas contra ele.

A história segue Shay Patrick Cormac, um Assassino da Irmandade Colonial que, após uma missão resultar em uma catástrofe, desilude-se com o Credo e seus métodos. Sentindo-se traído, ele se volta contra seus antigos irmãos e se une à Ordem dos Templários, caçando Assassinos em nome de uma nova causa. Rogue serve como um elo vital entre os jogos da “Saga Kenway” e AC III e Unity.

Assassin’s Creed III (2012)

Período Histórico: 1754 d.C. – Revolução Americana

Ambientado durante a Revolução Americana, AC III introduziu um novo motor gráfico, um sistema de combate mais dinâmico e a exploração da Fronteira, uma vasta área selvagem entre as cidades de Boston e Nova York. O parkour foi adaptado para ambientes naturais, permitindo escalar árvores e penhascos. O jogo também apresenta um robusto sistema naval, que seria a base para Black Flag.

O protagonista é Ratonhnhaké:ton, que adota o nome de Connor, um jovem de ascendência britânica e Mohawk. Após sua aldeia ser atacada, ele se junta à Irmandade dos Assassinos para lutar pela liberdade de seu povo e da nova nação. Sua jornada o coloca no centro de eventos históricos cruciais, como a Festa do Chá de Boston e a Batalha de Bunker Hill, interagindo com figuras como George Washington e Benjamin Franklin.

Assassin’s Creed Unity (2014)

Período Histórico: 1789 d.C. – Revolução Francesa

Unity nos transporta para a Paris da Revolução Francesa, recriada com um nível de detalhe e uma escala de multidões nunca antes vistos na série. O jogo reformulou os sistemas de parkour e de combate, e introduziu um sistema de customização de habilidades e equipamentos mais profundo. Foi também o primeiro jogo da série a oferecer um modo cooperativo online para até quatro jogadores em missões específicas.

A trama segue Arno Dorian, um nobre francês que, após ser acusado de um assassinato que não cometeu, se junta à Irmandade dos Assassinos para buscar redenção e desvendar a verdade por trás da Revolução. A história explora uma conspiração Templária que manipula o caos em Paris para seus próprios interesses, enquanto Arno também lida com seu relacionamento amoroso com Élise de la Serre, uma Templária.

Assassin’s Creed Syndicate (2015)

Período Histórico: 1868 d.C. – Londres Vitoriana

O último jogo no formato “clássico” antes da reinvenção com Origins. Ambientado na Londres da Revolução Industrial, Syndicate se destaca pela introdução de dois protagonistas jogáveis, os gêmeos Assassinos Jacob e Evie Frye. Jacob é impulsivo e focado no combate, enquanto Evie é calculista e mestre da furtividade. A principal novidade de gameplay foi o lançador de corda, que agilizou drasticamente a locomoção vertical e horizontal pela cidade, além da possibilidade de dirigir carruagens.

A história acompanha os gêmeos Frye em sua missão para libertar Londres do controle opressivo de Crawford Starrick, o Grão-Mestre Templário que domina todos os setores da cidade. Jacob foca em criar uma gangue, os Rooks, para lutar nas ruas, enquanto Evie busca um poderoso Pedaço do Éden. A interação entre os dois irmãos e a ambientação vibrante da Londres vitoriana são os pontos altos da aventura.


A franquia Assassin’s Creed é, sem dúvida, uma das mais ricas e ambiciosas do mundo dos videogames. Desde 2007, ela vem transportando jogadores para diferentes épocas, sempre misturando história real, ficção e mitologia em tramas que exploram a luta eterna entre Assassinos e Templários.

Seja qual for o ponto de entrada, seguir a ordem cronológica da franquia é uma ótima forma de compreender toda a evolução da narrativa e perceber como cada título deixou sua marca na saga. Afinal, Assassin’s Creed não é apenas uma série de jogos: é uma verdadeira viagem pela história da humanidade.

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